Esquecimentos e lapsos de memórias são perfeitamente normais — em qualquer idade.
Mas, conforme envelhecemos, podemos notar que tais “falhas” se tornam mais recorrentes. E isso, certamente, gera aborrecimentos.
Por vezes, inclusive, as falhas de memória causam preocupação: serão indícios de um problema maior? Como podemos proteger a memória do envelhecimento?
Segundo médicos e pesquisadores, você não deve se alarmar. Os sinais de demência (síndrome demencial) são bastante diferentes do déficit de memória, naturalmente percebido na terceira idade.
Quando a pessoa vivencia sintomas de demência, seus esquecimentos são extremamente prejudiciais, impossibilitando atividades do dia a dia.
Porém, isso não significa que você deva negligenciar a necessidade de dar atenção à saúde de seu cérebro!
Para viver bem, você precisa proteger a memória dos efeitos do envelhecimento. E, aqui, o princípio é o mesmo que você aplica aos seus músculos: para mantê-los ativos, você os exercita.
Portanto, neste texto, vamos te apresentar 4 estratégias que vão te ajudar a exercitar a memória.
São dicas simples, acessíveis, às quais você pode aderir independente de sua faixa etária.
Confira nossas sugestões e experimente seus benefícios!
1. Pratique meditação
Reservar alguns minutos do seu dia para meditar pode favorecer sua saúde de formas que você nem imagina!
Não é à toa que a recomendação se tornou tão presente na fala de profissionais de saúde.
Para você ter uma ideia, a prática se mostra eficaz para:
- reduzir o estresse e ansiedade;
- atenuar dores;
- diminuir a pressão arterial;
- e, claro, melhorar a memória.
Nossa sugestão? Programe um horário fixo para meditar, todos os dias.
Comece com 5 minutos. Acostume-se com a prática e depois aumente para 15 minutos. Meia hora seria um tempo excelente!
Mas não se apresse. O mais importante é criar o hábito. E isso se faz aos poucos, buscando metas fáceis.
Leia também: Sedentarismo: por que um estilo de vida sedentário é prejudicial para os Idosos
2. Encontre novas atividades para ajudar a preservar a memória
Já comentamos que, para proteger a memória do envelhecimento, devemos seguir a mesma lógica que aplicamos ao cuidar de nossos músculos. Ou seja: nada de vida sedentária! Nem para o corpo, nem para a mente.
Sendo assim, precisamos encontrar o equivalente às atividades físicas para manter o cérebro ativo.
Uma boa tática para conseguir esse efeito é aprender coisas novas.
A ideia básica é expandir conhecimentos.
Pode ser algo mais complexo, como aprender um novo idioma. Mas também pode ser algo mais trivial, como:
- experimentar diferentes receitas culinárias;
- aprender a usar tecnologias que facilitem o cotidiano;
- desenvolver um hobby;
- planejar e executar pequenas melhorias ou consertos nos espaços de casa;
- ler sobre assuntos que despertam sua curiosidade;
- mudar seu trajeto habitual para ir aos lugares que frequenta — e se permitir explorar lugares diferentes.
Como bônus desse “espírito desbravador”, além de preservar a memória, você ganhará novas lembranças. É possível que conheça outras pessoas (o que também é muito bom para sua saúde mental e social). E suas conversas se tornarão mais interessantes.
3. Estimule todos os seus sentidos para ajudar a preservar a memória
Quando se trata de proteger a memória do envelhecimento, devemos considerar que temos 5 sentidos. E todos estão conectados com nossas capacidades de reter — ou formar — conhecimento.
Na dica anterior, sugerimos que você se aventure na cozinha. Agora, vamos enfatizar essa proposta: explore novos gostos! Seu paladar não deve entrar no “piloto automático”, se contentando em repetir sabores conhecidos.
O mesmo vale para sons, aromas e imagens que têm lugar em sua rotina.
Outra técnica que vale a pena incluir em seus hábitos é o chamado teste sensorial.
Você pode aplicar o teste sensorial ao tomar banho, por exemplo. Apenas feche os olhos e concentre-se em sentir a água em seu corpo, a textura da espuma e os perfumes dos itens de higiene que utiliza.
A proposta aqui é explorar diferentes sentidos em experiências cotidianas. Somos muito visuais! E, às vezes, esquecemos de prestar atenção nos outros estímulos.
Portanto, em situações seguras, por alguns minutos (ou mesmo segundos) lembre-se de fechar os olhos e perceber o momento por meio de sua audição, tato, paladar ou olfato.
Saiba mais sobre: Problemas de memória na terceira idade: o que é normal e o que não é?
4. Desafios mentais para proteger a memória do envelhecimento
Não poderíamos deixar de fora de nossas dicas está que é uma das principais formas de melhorar e proteger a memória do envelhecimento. Estamos nos referindo aos jogos e passatempos. Ou qualquer tipo de desafio mental que envolva raciocínio e concentração.
Por exemplo: escreva uma lista de compras, buscando memorizá-la e faça as compras só consultando a lista no final. Esse é um ótimo exercício para estimular e avaliar sua capacidade de reter informações.
Já em relação aos jogos e passatempos mais indicados para preservar a memória, podemos citar:
- xadrez;
- palavras cruzadas;
- caça-palavras;
- dominó;
- jogos de cartas;
- sudoku;
- quebra-cabeças;
- jogo da memória.
É importante enfatizar que todas as dicas que listamos aqui são eficazes — desde que sejam atividades realizadas com frequência.
Ou seja, não pense que um dia de meditação ou uma partida de dominó por ano serão suficientes para proteger sua memória do envelhecimento!
Sem dúvida, seria muito benéfico se você pudesse colocar em prática todas as estratégias que apresentamos aqui.
Mas é preferível que você escolha uma das sugestões (e a pratique diariamente) do que tentar fazer de tudo — e acabar desistindo.
Caso você tenha alguma pergunta sobre como preservar a memória no processo de envelhecimento ou precise de outras informações, use o campo de comentários (no final deste texto) para escrever suas dúvidas. Buscaremos trazer as respostas que você procura e ajudá-lo da melhor maneira possível!