Blog

Todos os posts

Vacinas para idoso: por que vale a pena verificar se estão em dia agora mesmo?

Vacinas para idoso são fundamentais para proteger a saúde na terceira idade, especialmente contra infecções que podem trazer complicações sérias, como gripe, pneumonia e herpes zóster.

Com o passar dos anos, o corpo se torna mais vulnerável e algumas doenças podem evoluir de forma mais intensa. Por isso, manter as vacinas em dia, conforme orienta o Calendário Nacional de Vacinação do Idoso, é um cuidado simples que faz grande diferença no dia a dia da pessoa idosa.

Manter a vacinação atualizada, há menor risco de internações, agravamento de doenças crônicas e perda de autonomia — pontos que reforçam por que vale a pena verificar agora mesmo se todas as vacinas estão em dia.

Siga com a leitura para entender quais vacinas são recomendadas, como funcionam e por onde começar a cuidar melhor da imunização na terceira idade.

O que são e por que são tão importantes as vacinas para pessoas idosas?

Vacinar pessoas idosas é essencial para prevenir doenças infecciosas graves, reduzir complicações clínicas e preservar a saúde e a autonomia ao longo do envelhecimento.

Com o avanço da idade, o sistema imunológico sofre alterações que diminuem sua eficiência. Por isso, a prevenção por meio de vacinas torna-se uma medida ainda mais relevante e estratégica.

O que muda na imunidade com o envelhecimento? (introdução à imunossenescência)

Ao longo do tempo, o sistema imunológico passa por um processo natural de declínio funcional, conhecido como imunossenescência.

Essa mudança leva a uma produção menor de células de defesa e a uma resposta imunológica mais lenta frente a agentes infecciosos. Por isso, pessoas idosas ficam mais suscetíveis a doenças como gripe, pneumonia e herpes zóster.

Além disso, condições clínicas frequentes, como diabetes mellitus, insuficiência cardíaca e doenças pulmonares crônicas, podem agravar os quadros infecciosos. As vacinas ajudam a compensar essa vulnerabilidade imunológica.

Compense a vulnerabilidade imunológica com a vacina.
O envelhecimento reduz a resposta imunológica e aumenta a suscetibilidade a infecções, agravada por condições clínicas comuns.

Como as vacinas protegem os idosos de complicações graves?

As vacinas estimulam o sistema imunológico a produzir respostas mais rápidas e eficientes diante de vírus e bactérias, ajudando a prevenir infecções e a evitar complicações graves — um efeito amplamente reconhecido pelo Ministério da Saúde.

Veja alguns exemplos de vacinas importantes nessa fase da vida:

  • Vacina contra gripe (influenza): reduz internações e óbitos relacionados ao vírus.
  • Vacina pneumocócica (conjugada e polissacarídica): previne pneumonia, meningite e septicemia, como indicado no Calendário Técnico Nacional de Vacinação do Idoso.
  • Vacina contra herpes zóster: diminui a ocorrência da doença e previne a neuralgia pós-herpética, uma dor crônica debilitante.

A partir dos 60 anos, essas vacinas não apenas evitam infecções, mas também contribuem para que os quadros clínicos, quando ocorrem, sejam mais leves e de recuperação mais rápida.

Por que atualizar a caderneta agora?

Manter a caderneta de vacinação atualizada, conforme orienta o Ministério da Saúde, é fundamental para garantir uma proteção contínua e adequada às mudanças fisiológicas do envelhecimento.

Conforme o histórico vacinal e o tempo decorrido desde a última dose, pode haver indicação de reforços ou de vacinas adicionais. Atualizar a caderneta evita lacunas na proteção e assegura o cumprimento das recomendações mais recentes das autoridades de saúde.

Vacinas como as contra gripe, pneumococo, febre amarela e herpes zóster são indicadas de acordo com a faixa etária, condições clínicas e riscos individuais. Por isso, é importante conversar com um profissional de saúde para avaliar o esquema vacinal ideal para cada caso.

Benefícios da vacinação para pessoas idosas em curto e longo prazo

As vacinas reduzem significativamente o risco de doenças infecciosas graves e contribuem para a manutenção do bem-estar e da autonomia, mesmo em pessoas com doenças crônicas prevalentes na terceira idade.

Redução do risco de hospitalizações e agravamento de doenças crônicas

Imunizantes como os contra gripe (influenza), pneumonia (pneumocócicas) e tétano ajudam a prevenir complicações infecciosas que frequentemente levam à hospitalização de pessoas idosas.

Previna complicações infecciosas.
Vacinas contra gripe, pneumonia, tétano e COVID-19 reduzem hospitalizações, complicações e mortalidade em idosos, especialmente aqueles com comorbidades.

Em indivíduos com condições como diabetes mellitus, insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou outras comorbidades, as vacinas oferecem uma camada adicional de proteção, evitando descompensações clínicas que podem comprometer a funcionalidade e a qualidade de vida.

Durante a pandemia da COVID-19, por exemplo, as doses de reforço demonstraram reduzir em até 95% a mortalidade entre pessoas idosas, evidenciando o impacto das vacinas — como reconhecido pela SciELO — na prevenção de desfechos graves.

Proteção coletiva e convivência social mais segura

Ao se vacinar, a pessoa idosa também contribui para a proteção de familiares, cuidadores e demais indivíduos com quem convive, diminuindo a disseminação de agentes infecciosos — especialmente em ambientes com alta circulação de pessoas.

Com menor risco de adoecer ou transmitir doenças, o idoso se sente mais seguro para participar de atividades sociais, o que favorece a saúde mental e o envelhecimento ativo.

A vacinação também torna mais seguros os espaços coletivos, como instituições de longa permanência, centros de convivência e unidades de saúde.

Relação entre vacinação e qualidade de vida na terceira idade

Manter a vacinação em dia possibilita ao idoso preservar sua autonomia, participar de atividades significativas, manter uma rotina ativa e cultivar vínculos sociais e familiares.

Ao reduzir o risco de internações, as vacinas também protegem as funções físicas e cognitivas, frequentemente comprometidas após longos períodos de hospitalização ou infecções sistêmicas. Isso contribui para um envelhecimento mais saudável, seguro e com maior qualidade de vida.


Leia também: Saiba como ter qualidade de vida na terceira idade


Como funciona o calendário de vacinação para pessoas idosas?

O calendário vacinal para pessoas idosas inclui vacinas recomendadas a partir dos 60 anos, com orientações específicas sobre prazos, reforços e periodicidade — informações que também podem ser consultadas no Portal do Ministério da Saúde. O foco é a prevenção de doenças como gripe, pneumonia, tétano e herpes zóster, todas mais frequentes ou com maior impacto nessa faixa etária.

Idade mínima, reforços e prazos importantes

A maior parte das vacinas para a população idosa passa a ser indicada a partir dos 60 anos. Algumas, como a da gripe, devem ser aplicadas anualmente. Outras, como as pneumocócicas, possuem esquemas com reforços em intervalos específicos.

Siga as orientações do profissional de saúde.
A partir dos 60 anos, idosos devem seguir calendários específicos de vacinação com doses e reforços periódicos, conforme orientação clínica e atualizações oficiais.

Veja alguns exemplos:

VacinaIdadeFrequência/Reforço
Gripe (influenza)60+Anual
Pneumocócica 23-valente60+1 dose + reforço 5 anos após (se indicado)
Difteria/Tétano (dT)60+Reforço a cada 10 anos
Herpes zóster60+Dose única (em geral)

⚠️ A aplicação das vacinas pode variar conforme disponibilidade local e avaliação clínica individual. Sempre siga as orientações do profissional de saúde.

Os prazos e esquemas podem sofrer ajustes com base em recomendações do Ministério da Saúde, sociedades científicas ou situações epidemiológicas específicas. Cumprir o calendário garante uma proteção mais duradoura e eficaz.

Como consultar e organizar sua caderneta de vacinação

Manter a caderneta de vacinação atualizada e acessível é fundamental. Leve-a sempre às consultas médicas e em visitas ao posto de saúde.

Anotar corretamente as datas das doses e reforços é essencial para garantir que nenhuma vacina fique esquecida. Muitos postos registram as aplicações na própria caderneta, e em diversas cidades é possível acompanhar essas informações por meio de aplicativos digitais, como o Conecte SUS.

Em caso de dúvidas sobre doses já recebidas ou sobre lacunas no esquema vacinal, o profissional de saúde poderá orientar como regularizar a situação. Armazenar a caderneta em local seguro e, se possível, tirar uma foto, são boas práticas para evitar perdas.

Dicas práticas para não esquecer das próximas doses

  • Programe lembretes no celular, aplicativos de saúde ou alarmes;
  • Use calendários de papel ou post-its em locais visíveis;
  • Combine com familiares ou cuidadores uma rotina de checagem da vacinação;
  • Verifique se a unidade de saúde envia lembretes por SMS ou telefone — esse serviço está disponível em algumas localidades;
  • Participe das campanhas sazonais, como a da gripe, pois elas facilitam o acesso às doses indicadas.

Revisar a caderneta pelo menos uma vez ao ano ajuda a manter a proteção em dia e permite ajustes sempre que necessário.

Revise a caderneta pelo menos uma vez ao ano.
Para lembrar das doses de vacina, use lembretes digitais ou físicos, conte com apoio familiar, participe de campanhas e revise a caderneta anualmente.

Vacinas que toda pessoa idosa deve conhecer (e recomendadas pela Sociedade Brasileira de Imunizações para pessoas idosas)

As vacinas recomendadas para pessoas idosas protegem contra doenças potencialmente graves, especialmente infecções respiratórias e complicações associadas ao envelhecimento.

Gripe (Influenza)

A vacina contra a gripe é essencial para quem já passou dos 60 anos. Ela reduz o risco de complicações como pneumonia, hospitalizações e mortalidade, especialmente em pessoas com doenças crônicas.

No Brasil, o vírus influenza circula com maior intensidade nos meses mais frios. Por isso, a vacinação é preferencialmente realizada no outono, antes do início do inverno.

O SUS disponibiliza a vacina trivalente, que protege contra três cepas do vírus. Já em clínicas privadas é possível encontrar a versão quadrivalente, com cobertura ampliada para quatro tipos.

A vacina deve ser aplicada anualmente, pois o vírus sofre mutações frequentes. Mesmo pessoas saudáveis devem receber a dose anual.

Pessoas com mais de 60 anos têm prioridade nas campanhas públicas de vacinação. Os efeitos adversos costumam ser leves, como dor ou vermelhidão no local da aplicação.

Pneumonia Pneumocócica (VPC13 e VPP23)

As vacinas pneumocócicas previnem infecções graves como pneumonia, meningite e septicemia, causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae — um agente com impacto elevado em idosos.

Existem dois tipos principais:

  • Conjugada 13-valente (VPC13)

  • Polissacarídica 23-valente (VPP23)

O esquema mais utilizado prevê a aplicação da VPC13 inicialmente, seguida pela VPP23 após intervalo de 6 a 12 meses, conforme avaliação médica.

A vacinação está disponível em unidades do SUS (para grupos prioritários) e em clínicas privadas. A indicação deve considerar a presença de comorbidades, histórico vacinal e vulnerabilidade individual.

Entenda o esquema de vacinação das vacinas pneumocócicas.
As vacinas pneumocócicas VPC13 e VPP23 previnem infecções graves em idosos, com a VPC13 aplicada antes da VPP23 após 6 a 12 meses, conforme avaliação clínica.

Herpes zóster

O herpes zóster é causado pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo da catapora. Após anos latente, o vírus pode se reativar em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, como ocorre frequentemente no envelhecimento.

A infecção provoca dor intensa e lesões na pele, geralmente em faixa, com potencial de evoluir para neuralgia pós-herpética, uma dor crônica e debilitante que pode durar meses.

A vacinação reduz significativamente o risco de desenvolver a doença e suas complicações. A vacina recombinante não replicante (Shingrix®) é a mais indicada para pessoas idosas, por sua eficácia mesmo em indivíduos imunocomprometidos.

A vacina está disponível na rede privada e, em alguns municípios, por meio de programas regionais. A recomendação é individualizada, geralmente a partir dos 50 ou 60 anos, com duas doses.

Difteria, Tétano e Coqueluche (dT ou dTpa)

A vacina contra difteria e tétano (dT) é fundamental ao longo da vida. Pessoas idosas devem receber um reforço a cada 10 anos, mesmo que tenham sido imunizadas anteriormente.

Em algumas situações, a versão dTpa (que inclui coqueluche) é indicada — especialmente para idosos que convivem com bebês ou imunossuprimidos, ou em casos de surtos.

O esquema vacinal pode ser ajustado se houver histórico vacinal incompleto ou desconhecido. Os efeitos adversos são geralmente leves, como dor local ou febre baixa.

Hepatite B

A hepatite B pode evoluir para formas crônicas, cirrose ou câncer hepático. A vacina está disponível gratuitamente para pessoas de todas as idades, inclusive idosas.

O esquema tradicional envolve três doses (0, 1 e 6 meses). Em pessoas com imunossupressão, pode ser necessário um esquema de quatro doses com concentração maior (dobrada), conforme orientação médica.

Mesmo que não tenha recebido a vacina na infância, o idoso pode iniciar ou completar o esquema em qualquer fase da vida.

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

A vacina tríplice viral (SCR) é composta por vírus vivos atenuados. Embora não faça parte do calendário regular da pessoa idosa, pode ser indicada em situações específicas — especialmente em surtos de sarampo ou se houver ausência de comprovação vacinal prévia.

Saiba quando a vacina tríplice viral é indicada.
A vacina tríplice viral pode ser indicada para idosos em casos específicos, mas é contraindicada para imunocomprometidos e exige avaliação médica cuidadosa.

A vacinação é contraindicada para pessoas imunocomprometidas e só deve ser aplicada mediante avaliação médica criteriosa. Por se tratar de vacina com vírus vivos, os riscos devem ser bem avaliados nessa faixa etária.

COVID-19

As vacinas contra a COVID-19 têm demonstrado elevada eficácia na prevenção de formas graves da doença e redução da mortalidade, especialmente em idosos.

O esquema vacinal pode variar conforme o imunizante disponível (Pfizer, AstraZeneca, Janssen, etc.) e diretrizes atualizadas do Ministério da Saúde. Doses de reforço são indicadas periodicamente, e é fundamental manter o acompanhamento nas unidades de saúde.

Pessoas com 60 anos ou mais devem priorizar o recebimento das doses atualizadas (bivalentes), conforme campanhas oficiais e orientação médica.

Vacinas indicadas em situações específicas

Algumas vacinas não fazem parte do calendário rotineiro da terceira idade, mas podem ser recomendadas conforme o estado de saúde, local de residência ou viagens. Entre elas:

  • Febre amarela: recomendada apenas se a pessoa for residir ou viajar para áreas de risco. Por ser uma vacina com vírus vivo atenuado, deve ser usada com cautela em idosos e sempre com prescrição médica.
  • Meningocócicas (ACWY ou B): indicadas apenas para grupos específicos de risco, como pessoas imunocomprometidas.
  • Hepatite A: recomendada para idosos que vivem em instituições fechadas, pessoas com doenças hepáticas ou em viagens para áreas de risco.

Sempre que houver dúvida, o ideal é conversar com um médico para avaliar o risco-benefício de cada imunização de forma individualizada.

Vacinas para a pessoa idosa no Brasil: o que o SUS oferece à população

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente diversas vacinas essenciais para pessoas idosas. Essas vacinas contribuem para a prevenção de infecções comuns, complicações clínicas e hospitalizações evitáveis com o avanço da idade.

Vacinas disponíveis gratuitamente na rede pública

Veja a lista de imunizações fundamentais para a saúde do idoso.
O SUS disponibiliza gratuitamente vacinas essenciais para idosos, incluindo gripe, COVID-19, pneumocócica 23-valente, dT, hepatite B e febre amarela, conforme o calendário e avaliação clínica.

O SUS oferece uma lista de imunizações fundamentais para a saúde do idoso. Entre as principais estão:

  • Gripe (influenza): oferecida anualmente, com campanhas geralmente entre março e junho.
  • COVID-19: esquema com doses regulares e reforços, conforme a atualização do Ministério da Saúde.
  • Pneumocócica 23-valente (VPP23): previne pneumonia, meningite e outras infecções.
  • Difteria e tétano (dT): reforço a cada 10 anos.
  • Hepatite B: disponível para todas as faixas etárias que ainda não completaram o esquema.
  • Febre amarela: recomendada para residentes ou viajantes de áreas de risco, com avaliação individual do profissional de saúde.

Todas essas vacinas estão disponíveis gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), conforme o calendário nacional de imunizações e a condição clínica de cada indivíduo.


Veja também: Entenda diferença entre geriatria e gerontologia


Quem pode se vacinar e onde encontrar?

Pessoas com 60 anos ou mais têm direito a essas vacinas. Para se vacinar, basta apresentar um documento com foto e, se possível, a caderneta de vacinação.

As doses são aplicadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Em algumas localidades, equipes de saúde realizam vacinação domiciliar para idosos acamados ou com mobilidade reduzida.

Em caso de dúvidas sobre o histórico vacinal, o profissional da UBS pode orientar sobre as doses que já foram recebidas e quais ainda devem ser aplicadas.

Diferença entre vacinas de rotina e campanhas especiais

As vacinas de rotina estão disponíveis durante todo o ano, como a dT (difteria e tétano) e hepatite B. Elas fazem parte do calendário básico e não dependem de campanhas para serem aplicadas.

Já as campanhas nacionais de vacinação ocorrem em períodos específicos e têm como objetivo ampliar rapidamente a cobertura vacinal da população-alvo, como ocorre com a gripe ou a COVID-19.

Durante essas campanhas, o SUS também pode oferecer reforços ou vacinas adicionais conforme a situação epidemiológica, facilitando o acesso à proteção de forma ampla e organizada.

Verdades e mitos sobre vacinas na terceira idade

Ainda existem muitos mitos sobre vacinas entre pessoas idosas. Conhecer o que é verdade faz toda a diferença para proteger a saúde e entender como a vacinação atua nessa fase da vida.

Já sou idoso, então não adianta mais tomar vacina

Inicie o esquema vacinal com acompanhamento médico.
Mesmo na terceira idade, a vacinação é eficaz para prevenir doenças graves, reduzir internações e mortes.

Esse é um mito comum, mas incorreto. Mesmo em idades avançadas, vacinas continuam sendo eficazes na prevenção de doenças graves e suas complicações.

Com o envelhecimento, o sistema imunológico se torna mais vulnerável, aumentando o risco de infecções como gripe, pneumonia e herpes zóster. A vacinação reduz esse risco e diminui a gravidade dos quadros quando a infecção ocorre.

Benefícios da vacinação em qualquer idade:

  • Redução de doenças infecciosas graves;
  • Menor risco de internações e descompensações clínicas;
  • Prevenção de mortes por infecções evitáveis.

Especialistas recomendam que, mesmo quem não recebeu essas vacinas anteriormente, pode — e deve — iniciar o esquema com acompanhamento médico.

Vacina pode causar a doença que ela previne

Esse mito gera receio, especialmente no caso de vacinas com vírus atenuados ou fragmentados.

A maioria das vacinas indicadas para pessoas idosas, como gripe, pneumonia e herpes zóster, utiliza vírus inativados, fragmentados ou componentes purificados. Portanto, não causam a doença.

Após a aplicação, podem surgir efeitos colaterais leves, como:

  • Febre baixa;
  • Dor no braço;
  • Mal-estar passageiro.

Eventos adversos graves são raríssimos. Todas as vacinas aprovadas seguem protocolos rígidos de segurança e passam por avaliação de eficácia e risco-benefício antes da liberação.

Pessoas com doenças crônicas também podem — e devem — se vacinar, com exceção das vacinas com vírus vivos atenuados, que são evitadas nesse grupo, o que aumenta ainda mais a segurança.

Vacinar pode sobrecarregar o organismo

Não há evidências científicas de que receber várias vacinas ao mesmo tempo sobrecarregue o sistema imunológico em adultos ou idosos.

Pelo contrário: o organismo tem capacidade de responder a múltiplos estímulos imunológicos simultaneamente. Essa prática é segura, eficaz e recomendada para garantir maior cobertura em menor tempo.

Em muitos casos, vacinas são aplicadas juntas para facilitar o acesso e otimizar a adesão, sem aumentar os riscos.

Vacinação simultânea em adultos e idosos é seguro?
A aplicação simultânea de várias vacinas é segura, eficaz e recomendada, pois o organismo adulto ou idoso suporta múltiplos estímulos imunológicos sem sobrecarga.

Importante: Se surgir algum sintoma incomum após a vacinação, procure uma unidade de saúde para avaliação profissional.

Como conversar com o médico sobre suas vacinas

Conversar com o médico sobre vacinas é uma forma ativa de cuidar da saúde. Levar dúvidas para a consulta permite decisões mais seguras, alinhadas ao histórico clínico de cada pessoa.

Que perguntas fazer na próxima consulta

Anotar previamente as perguntas facilita a conversa e garante que nada importante seja esquecido. Exemplos úteis incluem:

  • Quais vacinas são indicadas para minha idade e condições de saúde?
  • Preciso atualizar alguma vacina?
  • Qual o intervalo ideal entre as doses?
  • Quais efeitos colaterais posso esperar?
  • Existe alguma vacina que devo evitar pelo meu histórico?

Durante a consulta, registre as respostas. Também é válido perguntar sobre vacinas indicadas em caso de viagens, surtos regionais ou convivência com pessoas vulneráveis.

Como relatar reações passadas ou dúvidas com segurança

Informar o médico sobre qualquer reação anterior a vacinas é essencial para definir o esquema mais seguro.

Comunique episódios de febre alta, reações alérgicas, dor intensa ou mal-estar persistente. Sempre que possível, leve a data da aplicação e o nome da vacina utilizada.

Compartilhe medos, dúvidas sobre eficácia, combinações entre vacinas ou uso de medicamentos. O profissional avaliará com base em seu histórico e condições atuais.

Importância do acompanhamento individualizado

Cada pessoa possui necessidades de saúde específicas. Comorbidades, uso contínuo de medicamentos, histórico vacinal e reações prévias interferem nas vacinas indicadas.

O médico irá avaliar o seu quadro e ajustar o calendário de imunização conforme necessário. Isso garante proteção personalizada e mais eficaz.

Manter consultas regulares permite acompanhar atualizações nas recomendações vacinais, especialmente em caso de novos diagnósticos, mudanças no tratamento ou surgimento de novas campanhas públicas.

Mantenha consultas regulares com um médico.
O acompanhamento médico individualizado permite ajustar o calendário vacinal conforme necessidades específicas, garantindo proteção personalizada e eficaz para cada pessoa.

Saiba também sobre: Autodiagnóstico online na terceira idade: uma boa ideia ou um grande risco?


Dicas práticas para manter suas vacinas em dia

Manter a vacinação atualizada ajuda a proteger contra doenças comuns na terceira idade, como gripe, pneumonia e herpes zóster. Com algumas estratégias simples, é possível evitar esquecimentos e cuidar melhor da saúde.

Aplicativos e carteirinhas digitais

Aplicativos de saúde e carteiras digitais são excelentes aliados na organização das vacinas recebidas e no acompanhamento das próximas doses.

Ferramentas como o Conecte SUS permitem visualizar o histórico vacinal, agendar reforços e emitir comprovantes digitais. Isso facilita o acompanhamento em consultas ou mudanças de unidade de saúde.

Quem costuma perder a caderneta pode preferir manter tudo registrado no celular. Os aplicativos são seguros, gratuitos e atualizados regularmente.

Se houver dificuldade com tecnologia, vale pedir ajuda a familiares ou cuidadores para instalar e utilizar o app corretamente.

Lembretes e organização com familiares ou cuidadores

Como a memória pode falhar com o tempo, criar lembretes é uma excelente estratégia. Anotar datas em agendas, configurar alarmes no celular ou fixar recados na geladeira são recursos simples e eficazes.

Se a pessoa idosa vive com familiares ou conta com um cuidador, é importante que todos participem do acompanhamento. Isso inclui lembrar das datas, ajudar no deslocamento até o posto de saúde e manter a carteirinha em local visível.

Em instituições de longa permanência, manter uma tabela de vacinação atualizada em local de fácil acesso também pode facilitar o controle.

Participar de campanhas e mutirões locais

Durante o ano, os postos de saúde promovem campanhas de vacinação para públicos prioritários, como pessoas idosas. Essas ações facilitam o acesso às doses, concentram os atendimentos e ampliam a cobertura vacinal.

As campanhas são divulgadas por rádios, televisão e redes sociais. Muitas oferecem horários estendidos, incluindo finais de semana, o que ajuda quem depende de transporte familiar ou cuidador.

Participe das campanhas de vacinação.
As campanhas e mutirões de vacinação nos postos de saúde facilitam o acesso, ampliam a cobertura e permitem orientação profissional, especialmente para pessoas idosas.

Participar dessas campanhas permite manter as vacinas em dia e ainda possibilita conversar com profissionais de saúde, que podem orientar sobre o esquema vacinal mais adequado.

Perguntas Frequentes

Pessoas idosas podem se proteger de diversas doenças graves por meio de vacinas específicas para essa faixa etária. O SUS disponibiliza gratuitamente as principais imunizações e mantém um calendário próprio para quem tem 60 anos ou mais.

Quais são as vacinas recomendadas para pessoas com mais de 60 anos?

As vacinas recomendadas incluem: hepatite B, difteria e tétano (dT), gripe (influenza), febre amarela (quando indicada), vacinas contra pneumonia (VPC13 e VPP23) e contra a COVID-19.

Existe alguma vacina obrigatória para idosos com mais de 70 anos?

No Brasil, não há vacinas obrigatórias por lei para pessoas com mais de 70 anos. Contudo, manter a caderneta vacinal atualizada de acordo com as orientações do Ministério da Saúde e com acompanhamento médico é altamente recomendado para proteção individual e coletiva.

Qual é o cronograma de vacinação estabelecido para idosos no SUS?

O SUS organiza campanhas ao longo do ano, com foco em grupos prioritários. As vacinas estão disponíveis nos postos de saúde durante essas campanhas e também na rotina. Exemplos de reforços incluem a vacina contra gripe (anualmente) e a dT (a cada 10 anos).

Quais vacinas contra pneumonia estão disponíveis para idosos pelo SUS?

A vacina pneumocócica 23-valente (Pneumo 23) é oferecida pelo SUS para idosos e outros grupos prioritários. A aplicação depende de avaliação clínica individual. Em alguns casos, o profissional de saúde também pode recomendar a vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13), especialmente para pessoas com comorbidades.

Há diferenças entre a vacina pneumo 23 e outras vacinas de pneumonia para idosos?

Sim. A pneumo 23 protege contra 23 sorotipos da bactéria pneumococo. A vacina conjugada 13-valente (VPC13) cobre menos sorotipos, mas estimula resposta imunológica mais robusta e duradoura. A escolha entre elas depende do perfil clínico do paciente.

Como idosos podem acessar vacinas gratuitas oferecidas pelo SUS?

Para se vacinar, basta comparecer à Unidade Básica de Saúde (UBS) com um documento com foto. Levar a caderneta de vacinação (caso possua) facilita a conferência do histórico. Se não houver carteirinha, a equipe de saúde fará um novo registro.

Na unidade, os profissionais informam quais vacinas estão disponíveis, indicam o momento ideal para cada aplicação e orientam sobre reforços. Também esclarecem dúvidas e oferecem um atendimento acolhedor.

Dra. Priscila Henriques Pisoli
Médica Geriatra | CRM 145368 | RQE 84315

Celular e WhatsApp: (11) 97038-3560
Endereço: Rua Borges Lagoa, 1.070 Conj.53
Vila Clementino, São Paulo, SP

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Confira também

plugins premium WordPress