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Quedas em idosos : causas, consequências e estratégias de prevenção

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As consequências da queda para os idosos vão além de fraturas e problemas de mobilidade, podendo afetar a saúde mental.

Embora qualquer pessoa esteja sujeita a sofrer uma queda, indivíduos com 65 anos ou mais estão particularmente em risco.

Nesta faixa etária, tais incidentes não são apenas comuns, mas também têm o potencial de comprometer seriamente a qualidade de vida e a independência do idoso.

As consequências vão além de fraturas e problemas de mobilidade, podendo ser duradouras e até mesmo permanentes.

O que muitas vezes é subestimado, no entanto, é o impacto psicológico dessas quedas — que pode levar a um ciclo de medo e reclusão, fazendo com que a pessoa passe a evitar atividades cotidianas.

Reconhecendo a importância deste tema, vamos desmistificar as causas das quedas em idosos, analisar suas consequências e oferecer orientações práticas para minimizar os riscos.

Confira!

Principais causas de quedas em idosos

Se você pensa que quedas em idosos acontecem só por desatenção, é hora de conhecer melhor o assunto.

Na verdade, as causas geralmente são mais complexas e podem ter relação com os fatores mencionados abaixo:

Mudanças fisiológicas associadas ao envelhecimento

À medida que envelhecemos, nosso corpo passa por uma série de mudanças que podem afetar a capacidade de nos movermos com segurança.

Problemas de equilíbrio tornam-se mais comuns e a força muscular tende a diminuir.

Nossa visão também pode não ser tão nítida quanto antes, tornando mais difícil perceber obstáculos no caminho.

Tempos de reação mais lentos são outra realidade do envelhecimento, tornando mais difícil evitar uma queda quando tropeçamos.

Essas mudanças fisiológicas são naturais, mas é importante estar ciente delas, pois podem aumentar o risco de quedas e acidentes.


Veja também: Você já ouviu falar em sarcopenia?


Complicações sociais e emocionais decorrente a queda de idosos
Isolamento social, medo de sair sozinho e depressão são algumas complicações que podem ocorrer devido a queda em idosos.

Sedentarismo

O sedentarismo contribui para o enfraquecimento dos músculos e para a perda de flexibilidade, agilidade e equilíbrio, tornando os idosos mais propensos a quedas.

Condições médicas

Diversas condições médicas podem tornar os idosos mais suscetíveis a quedas.

Diabetes, por exemplo, pode resultar em episódios de fraqueza ou visão embaçada.

A artrose, por sua vez, pode limitar a amplitude de movimento e causar dor, tornando mais difícil manter o equilíbrio.

A incontinência, que exige idas frequentes ao banheiro, se torna especialmente problemática em ambientes mal iluminados, onde obstáculos podem passar despercebidos.

Distúrbios neurológicos como Parkinson e Alzheimer também contribuem para essa vulnerabilidade, afetando a coordenação motora e a percepção espacial, tornando até mesmo movimentos simples, como andar, potencialmente perigosos.

Medicamentos

Calmantes, diuréticos, anti-hipertensivos e antidepressivos são alguns dos medicamentos que podem causar tontura, sonolência ou queda de pressão, tornando o idoso mais vulnerável a acidentes.

Já a polifarmácia (ou seja, o uso de múltiplos medicamentos simultaneamente) pode agravar esses efeitos e aumentar a probabilidade de quedas.

Ambiente doméstico e locais frequentados pelo idoso

O espaço doméstico pode trazer uma série de riscos para queda em idosos. Dentre os perigos mais comuns, podemos citar:

  • Altura inadequada de móveis (dificultando o ato de sentar ou levantar).
  • Pisos escorregadios.
  • Má iluminação.
  • Tapetes soltos ou mal posicionados.
  • Fios elétricos e objetos espalhados pelo chão.
  • Ausência de corrimãos ou barras de apoio em escadas e áreas como o banheiro.

Fora de casa, os desafios se multiplicam. Calçadas irregulares, falta de rampas de acesso e até mesmo o posicionamento de mercadorias em prateleiras altas em lojas podem representar entraves adicionais.

Possíveis consequências de quedas na terceira idade

Quedas em idosos podem, à primeira vista, parecer incidentes isolados e sem maiores consequências.

No entanto, esses eventos frequentemente desencadeiam uma série de problemas que vão muito além de um simples tropeço, como veremos a seguir.

Complicações físicas decorrentes de quedas

  • Fraturas, particularmente no quadril ou antebraço, que podem exigir cirurgia e reabilitação prolongada.
  • Traumatismos cranianos, que podem resultar em sequelas neurológicas.
  • Contusões e entorses, que comprometem a mobilidade e requerem tratamento.
  • Dores crônicas, resultantes das lesões.
  • Imobilidade prolongada, que pode desencadear outras condições médicas como trombose ou úlceras de pressão.
  • Padrão de caminhada instável, persistente mesmo após a recuperação, aumentando o risco de futuras quedas.

Complicações sociais e psicológicas decorrentes de quedas

  • Isolamento social, decorrente da limitação de mobilidade e do medo de novas quedas.
  • Perda de autonomia, levando à necessidade de maior assistência por parte de cuidadores ou familiares.
  • Diminuição da autoestima, exacerbada pela sensação de vulnerabilidade.
  • Ansiedade e depressão, frequentemente agravadas pelo isolamento e pela perda de independência.
  • Medo crônico de cair novamente, que pode levar à restrição de atividades e à diminuição da qualidade de vida.
estratégias para prevenir quedas de idosos
Cuidados em casa: avaliar o ambiente e fazer pequenas mudanças, como mudar móveis para deixar os caminhos mais livres, ajudam a prevenir quedas na terceira idade.

Veja também: Como cuidar da saúde mental na terceira idade: dicas essenciais.


10 estratégias de prevenção de quedas em idosos

Para minimizar o risco de quedas, é importante adotar uma abordagem multifacetada, englobando tanto cuidados médicos quanto ajustes no estilo de vida e no ambiente doméstico.

Confira algumas orientações práticas:

  1. Certifique-se de que o idoso tenha um plano de emergência, incluindo telefones de fácil acesso para acionar ajuda em caso de queda.
  2. Incentive a prática regular de exercícios físicos para fortalecer músculos e melhorar o equilíbrio.
  3. Consulte um médico para avaliar a necessidade de ajustes em medicamentos que possam afetar o equilíbrio ou a coordenação.
  4. Realize uma revisão completa do ambiente doméstico, removendo obstáculos e instalando corrimãos ou barras de apoio onde necessário.
  5. Promova uma alimentação equilibrada e hidratação adequada para manter a força física e a clareza mental.
  6. Avalie a visão do idoso regularmente e faça ajustes em óculos ou lentes de contato, se necessário.
  7. Estimule o uso de calçados adequados, que ofereçam bom suporte e sejam antiderrapantes.
  8. Fomente a comunicação aberta sobre as preocupações e medos relacionados a quedas, para que possam ser abordados de forma proativa.
  9. Considere o uso de dispositivos de assistência, como andadores ou bengalas, para melhorar a mobilidade.
  10. Mantenha uma rotina de check-ups médicos para monitorar condições que possam aumentar o risco de quedas, como osteoporose ou hipertensão.

Reduzir o risco de quedas em idosos é uma tarefa que requer atenção, cuidado e ações práticas.

Para aprofundar ainda mais seu conhecimento sobre o assunto, recomendamos a leitura do artigo Prevenção de acidentes domésticos com idosos: dicas para deixar a casa mais segura.

Dra. Priscila Henriques Pisoli
Médica Geriatra | CRM 145368 | RQE 84315

Celular e WhatsApp: (11) 97038-3560
Endereço: Rua Borges Lagoa, 1.070 Conj.53
Vila Clementino, São Paulo, SP

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