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O que é polifarmácia e por que é comum em idosos?

O que é polifarmácia e por que é comum em idosos?
Saiba quais os riscos e como evitar problemas com o uso simultâneo de múltiplos remédios em idosos.

Polifarmácia é o termo utilizado para descrever situações em que ocorre o uso simultâneo de múltiplos medicamentos. Geralmente, isso envolve a ingestão regular de cinco ou mais fármacos distintos.

Tal prática é particularmente comum entre idosos porque, à medida que as pessoas envelhecem, elas têm maior probabilidade de desenvolver várias condições crônicas — como doenças cardíacas, diabetes e artrite.

Cada uma dessas condições pode exigir sua própria terapia farmacológica, o que contribui para um aumento no número total de prescrições.

Além disso, os idosos frequentemente consultam médicos de diferentes especialidades, cada um com suas próprias recomendações de tratamento, resultando em uma complexa rotina de administração de medicamentos, que pode ser difícil de gerenciar.

Quais são os riscos associados ao uso de múltiplos medicamentos em idosos?

Nos cuidados de saúde na terceira idade, a polifarmácia pode ser necessária para manter diversas condições médicas sob controle.

No entanto, é preciso diferenciar a polifarmácia adequada e benéfica daquela onde o excesso ou a prescrição desnecessária de medicamentos pode ocorrer. Nesses casos, a prática pode resultar em efeitos adversos significativos, incluindo:

1. Quedas e fraturas

Idosos que tomam vários medicamentos enfrentam maior probabilidade de sofrer quedas, devido a fatores como tontura, sonolência ou diminuição do equilíbrio causados por alguns medicamentos.

Quedas, por sua vez, podem levar a fraturas e outros ferimentos graves, especialmente em pessoas mais velhas, cujos ossos podem ser mais frágeis.


Veja também: Prevenção de acidentes domésticos com idosos: dicas para deixar a casa mais segura.


2. Problemas gastrointestinais

O uso de múltiplos medicamentos (incluindo analgésicos, anti-inflamatórios e certos antibióticos) pode aumentar o risco de problemas gastrointestinais como gastrite, úlceras, refluxo e constipação.

Esses problemas surgem porque tais medicamentos podem irritar o estômago ou afetar a digestão, especialmente quando usados em conjunto.

A prática da polifarmácia em idosos podem trazer riscos.
A prática da polifarmácia em idosos pode ser prejudicial, mas há situações que se faz necessária. Por isso, é importante a ajuda especializada de uma geriatra para a melhor orientação.

3. Reações alérgicas e cutâneas

Diversos medicamentos podem provocar reações alérgicas ou problemas de pele — erupções, coceira, manchas vermelhas e inchaços, por exemplo. Com a polifarmácia, cresce o risco de reações adversas deste tipo.

4. Declínio da função renal

Com o envelhecimento, a função renal naturalmente diminui, e a polifarmácia pode acelerar esse declínio, aumentando o risco de problemas renais.

5. Comprometimento cognitivo

Estudos indicam que idosos que tomam vários medicamentos têm mais chances de enfrentar problemas relacionados à memória, atenção e clareza mental.

Essa situação pode levar a um declínio cognitivo mais rápido ou agravar condições pré-existentes, como a demência.

6. Desordens de sono

A polifarmácia pode afetar o ciclo do sono, levando a insônia ou sono de má qualidade, gerando impactos negativos na saúde geral e na qualidade de vida.


Veja também: A importância do sono na terceira idade: tire suas dúvidas sobre o assunto.


Portanto, é importante ter em mente que, em situações de polifarmácia, um medicamento prescrito para tratar uma condição específica pode, inadvertidamente, agravar outra condição — ou desencadear novos problemas de saúde.

Isso acontece porque diferentes medicamentos podem agir de maneiras que se sobrepõem ou entram em conflito, afetando a eficácia do tratamento ou causando efeitos colaterais indesejados

Esse tipo de interação medicamentosa requer uma avaliação cuidadosa por parte dos profissionais de saúde, a fim de garantir que o tratamento para uma condição não prejudique outra.

Como evitar problemas relacionados à polifarmácia?

Na gestão da polifarmácia na terceira idade, a comunicação entre pacientes, cuidadores e médicos é fundamental para prevenir complicações.

Aqui estão algumas dicas sobre como pacientes e cuidadores podem colaborar para uma terapia medicamentosa mais segura:

Mantenha uma lista atualizada de medicamentos

É importante que você leve uma lista atualizada de todos os medicamentos que está tomando — incluindo medicamentos prescritos, de venda livre, suplementos e remédios à base de ervas — para cada consulta médica.

Assim seu médico pode avaliar potenciais interações medicamentosas e a real necessidade de cada medicamento.


Confira: O que é e para que serve o suplemento proteico?


Entenda seu tratamento

Peça explicações sobre por que cada medicamento é necessário, como ele deve ser tomado, quais efeitos colaterais podem ocorrer e possíveis diferenças entre medicamentos genéricos e de marca.

Também questione se, para um determinado problema, existem alternativas não medicamentosas (fisioterapia, acupuntura ou mudanças de estilo de vida, por exemplo) que poderiam ser igualmente eficazes e adequadas para a sua situação.

Polifarmácia, como evitar o problemas com idosos
Há uma série de medidas que podem ser usadas para evitar o problema da polifarmácia, como consultar um geriatra e entender o tratamento e o porque de cada remédio.

Esteja atento a novos sintomas

Se você começar a sentir algum incômodo após iniciar um medicamento, informe seu médico imediatamente. Esses sintomas podem ser efeitos colaterais do novo tratamento.

Utilize os fármacos prescritos com responsabilidade

Siga rigorosamente as instruções de dosagem e horários prescritos.

Nunca ajuste a dose ou interrompa um medicamento sem antes consultar seu médico.

Além disso, evite a automedicação, inclusive com suplementos ou fitoterápicos.

Mesmo produtos que parecem inofensivos podem ter interações significativas com seus medicamentos prescritos, podendo alterar a eficácia do tratamento ou causar efeitos colaterais inesperados.

Sempre informe seu médico sobre qualquer outro produto que gostaria de introduzir em sua rotina.

Reavalie seus tratamentos farmacológicos regularmente

Juntamente com seu médico, revise periodicamente a necessidade de continuar cada medicamento. Discuta a possibilidade de reduzir a dose ou descontinuar medicamentos que não são mais necessários.

Informe sobre mudanças em seu estado de saúde

Comunique quaisquer mudanças em sua saúde, pois isso pode influenciar a eficácia e a segurança dos medicamentos que está tomando.

Como o médico geriatra pode auxiliar na gestão da polifarmácia?

Especializado nos cuidados de saúde dos idosos, o geriatra possui uma profunda compreensão das peculiaridades dessa faixa etária — dentre as quais, a necessidade da polifarmácia.

Em função de seus conhecimentos, o geriatra pode ajudar a simplificar regimes de tratamentos, identificando e eliminando prescrições desnecessárias ou ajustando dosagens para evitar interações e efeitos colaterais adversos.

Outro ponto importante é que o médico especialista em geriatria oferece uma perspectiva abrangente, considerando todas as condições de saúde do paciente e coordenando os cuidados com outros profissionais, se necessário.

Portanto, a consulta com um geriatra pode ser um passo importante para garantir um tratamento medicamentoso mais seguro e eficaz, ajudando a evitar complicações e a melhorar a qualidade de vida dos idosos.

Se tiver dúvidas ou precisar de informações adicionais, fique à vontade para entrar em contato conosco! Você pode usar o campo dos comentários ou falar com a médica geriatra Dra. Priscila Pisoli via WhatsApp (11) 97038-3560.

Dra. Priscila Henriques Pisoli
Médica Geriatra | CRM 145368 | RQE 84315

Celular e WhatsApp: (11) 97038-3560
Endereço: Rua Borges Lagoa, 1.070 Conj.53
Vila Clementino, São Paulo, SP

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